Um homem de meias azuis
fevereiro 27, 2010
Eu te perseguia pelas ruas, minha força te guiava como o vento empurra nuvens.
Ou seria o contrário?
Os seus passos me chamavam em cadência, em silêncio e eu apenas te seguia?
Vai, foge de mim, que antes que as nossas sombras se encontrassem nesse concreto sem fim eu já pensava que você era minha.
Somos o que somos, você é uma brisa de abril, é o sol, é maior do que sol e eu sou o homem que caminha sem razão por calçadas cinzentas.
Você é a veia que guarda algum sangue, a antiga catedral, eu sou um homem a que tudo contempla nessas calçadas cinzentas.
Claudia Barral – http://www.claudiabarral.com.br